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É possível ter um relacionamento conjugal saudável e duradouro?

Aposto que muitos já se fizeram essa pergunta ao longo da suas vidas e não obtiveram uma resposta suficientemente convincente.

Mas eu estou aqui para dizer que SIM... é possível... SIM... e vou mostrar como.

Para um relacionamento conjugal saudável e duradouro, o primeiro exercício diário a colocar em prática é a paciência. Afinal, conviver com outra pessoa, por mais que se ame, em alguns momentos não é uma das tarefas mais fáceis.

A convivência acaba fazendo com que pequenas diferenças se tornem imensas e muitas vezes justamente aquilo que um achava tão atraente no outro pode acabar se tornando motivo de irritação.

É a paciência, no entanto, a chave para um relacionamento duradouro, em que ambos se sintam valorizados mesmo nas diferenças.

Quando tudo parece ir por água abaixo, uma boa dose de paciência pode ser a solução.

Claro que falar parece mais fácil do que colocar em prática.

São tantos os elementos que podem influenciar na rotina de um casal, como emprego, dinheiro, filhos, sogros, vizinhos, que normalmente é complicado não se deixar levar pelo estresse.

Problemas anteriores também não se resolvem com o casamento, muito pelo contrário, ele funciona mais como uma lente de aumento.

É preciso lembrar, no entanto, que não são apenas os problemas que acabam sendo potencializados, a intimidade, o companheirismo e a cumplicidade também.

Respirar fundo e contar até 10 pode evitar ofensas e brigas desnecessárias que apenas desgastam um relacionamento que deve ser baseado no amor. Talvez seja necessário contar até 20 ou 30, mas ceder à tentação de falar demais pode ser um caminho sem volta.

As palavras têm mais poder do que se imagina e muitas vezes podem bastar duas palavrinhas erradas ou mal colocadas para criar um grande e poderoso estrago.

Manter o casamento em ordem, criando um sentimento diário positivo é um exercício que deve ser constante. Há que se ter paciência para ouvir o outro, para se colocar no lugar do outro, para apoiar o outro.



A chave para um relacionamento duradouro

A chave para um relacionamento duradouro está em pequenas atitudes, como não apontar os defeitos do companheiro, reconhecer seus próprios defeitos e, mais do que falar, ter paciência para ouvir, procurando compreender o ponto de vista do parceiro.

Ao mesmo tempo, evitar ficar com o pé atrás, não se fechar em mágoas nem rancores, procurar dialogar sempre que houver alguma coisa que não vai bem, com respeito e tranquilidade.

Difícil? Claro, mas não impossível, principalmente se há amor. Dividir a vida traz surpresas que devem ser devidamente valorizadas, porque tudo tem dois lados – o que muitos casais deixam de ver com o passar dos anos.

A convivência não deve anular personalidades, mas sim criar intimidade para que ambos se sintam apoiados um no outro.

Cultivar a cumplicidade desde o início, o respeito às diferenças, o humor, a admiração, as semelhanças e a paciência. Ingredientes de um verdadeiro coquetel de felicidade dados por quem completa 40, 50, 60 anos de casamento feliz.

Sim, porque isso existe e olha que não são tão raros assim. Afinal, dividir a vida com alguém é um princípio básico do ser humano – solidão não faz bem. Já a paciência, por outro lado, não tem contraindicação.


Dicas para manter um relacionamento saudável


Respeitar

Antes de mais nada, o respeito é um dos valores preciosíssimos a ser levado em consideração. Alimente-o, nunca será demais. Sem respeito, as coisas tendem a não funcionar direito.

Muitas vezes, ambos desejam se comunicar, porém, permanecem frustrados justamente por que cada um mantém intactas as suas próprias individualidades e comportamentos.

Não abrir mão ou ceder aos seus impulsos e sentimentos, pode acarretar em dificuldades na comunicação.

Cultivar o respeito abrirá portas para a compreensão mútua e as experiências serão mais proveitosas. A falta de respeito é o primeiro passo para a tensão e início de discussões.


Compartilhar

Dividir responsabilidades e compartilhar seus interesses é zelar pelo relacionamento conjugal.

Isto pode ser desde questões cotidianas como pagar contas, discutir sobre planos, desejos, cuidar igualitariamente de filhos, organizar e limpar a casa, participar de interesses em comum no lazer, etc.

O bom relacionamento conjugal é o compartilhar de somatórias de cada um, na reciprocidade saudável.


Doar

Isso não significa ceder, transferir tudo de si a outra pessoa. Doar também pode resultar em oferecer, presentear. Uma das melhores ofertas e não tem gato algum, é o riso e o bom humor: condição básica para o bom relacionamento conjugal.

Um sorriso, às vezes, vale mais que mil palavras. E claro, presenteie inesperadamente seu cônjuge com surpresas, sinal de que a pessoa a quem ama e vive ao seu lado é valorizada. Elogie com frequência.

Poder admirar sempre a outra pessoa, faz com que o sinal de felicidade seja conquistado.


Tolerância e compreensão

O casal que evita conversar ou expor os seus problemas, mesmo os individuais, estará fadado a não saber superar dificuldades. E, nos momentos de debilidade, o relacionamento conjugal fica prejudicado.

Este é um dos principais problemas hoje que levam milhares de casais aos consultórios de psicologia. A falta de compreensão no relacionamento conjugal leva ambos ao estresse e outros problemas, como violência, por exemplo.

Todos os conflitos pessoais do indivíduo, somados às questões do cotidiano, se tornam difíceis de lidar se houver omissões e brechas no diálogo no relacionamento conjugal.

A melhor forma de subtrair este empecilho é optar ou tentar, pela prática da assertividade.

Um relacionamento conjugal deve ser recíproco quase em tudo, pois seus comportamentos afetam diretamente um ao outro.


Autocrítica

Um relacionamento conjugal é algo a dois. Portanto, um comportamento comunicativo de uma via só não existe. Apenas criticar as ações e comportamentos do outro sem olhar para si causa sofrimento e desgaste.

Reavaliar suas ações e reconhecer erros, faz parte de um bom relacionamento conjugal, além do fato de indicar um amadurecimento pessoal. O orgulho próprio e a falta de humildade estimulam a disputa interna, a arrogância e gera brigas desnecessárias.

Incentive-se pela prática de amenizar estes impulsos. Com certeza, fará com que o relacionamento conjugal não se transforme numa experiência traumática.



Evite discussões

Procure dialogar, falar com calma, sem elevar o tom da voz. Se quer se fazer ouvir não grite, mas melhore seus argumentos. Respire fundo e procure abordar o assunto por outro ângulo.

Se a discussão acabar acontecendo, deixe o outro ganhar – Sempre que a conversa se encaminhar para a discussão, deixe que o outro tenha a palavra final – você pode voltar ao assunto mais tarde, por outro ângulo, quando os ânimos estiverem menos exaltados. Isso evita mágoas desnecessárias.


Cicatrize o passado!

A pior coisa é quando ocorre uma discussão e um dos dois começa a desenterrar erros passados do outro para “ganhar” a batalha. Isso acaba gerando mais mágoa, frustração e ressentimentos. O que está no passado deve permanecer lá.

Perder o controle a ponto de explodir já é ruim, mas quando ambos estão assim a situação tende a ficar muito pior.

Procure respirar fundo e ter paciência, manter o foco e tentar gerar calma no outro. Evite ironias e provocações.

Procure resolver tudo no mesmo dia, dormir com ressentimentos afasta o casal. O sentimento negativo transforma-se em mágoa, mais difícil de ser removida.


Diga pelo menos uma palavra de carinho ao longo do dia

Há várias formas de expressar seu amor, mas ouvir coisas bonitas e agradáveis faz um grande bem ao relacionamento.

Por isso cultive o hábito de falar palavras carinhosas, declarações de amor. Deixe claro o quanto o outro continua sendo importante para você.

Expresse claramente seu sentimento, isso pode reverter situações de raiva ou tristeza.



Admita os erros

Passe por cima do próprio orgulho e admita seus erros, além de ser uma atitude honesta você estará incentivando que o outro tenha a mesma atitude.

Peça desculpas, procure consertar o que houve de errado, minimize os prejuízos. Admitir seus erros faz com que uma situação ruim possa ser superada de forma menos traumática.

Evite atitudes automáticas, mecânicas, diálogos vazios. Muitas vezes a rotina diária faz com que o outro se torne invisível.

Não seja displicente com o outro, a fala de atenção ao outro pode ser o início do fim do casamento. Não esqueça que casamento é troca, interação, cumplicidade.

E, por último, busque a ajuda profissional. Se vocês sentem que o relacionamento está caminhando para um rumo incerto, a Terapia de Casal pode ser uma excelente dica para solucionar esse problema.

O terapeuta é o profissional capacitado para auxiliar o casal a equilibrar a vida a dois.

Estas dicas ajudarão ao casal refletir e poder mudar, mas sempre é saudável obter uma resposta vinda de um profissional da área.

Se o casal não consegue observar quais são suas funções no relacionamento conjugal é porque há problemas no caminho da felicidade a dois.

Por isso, com a Terapia de Casal é possível identificar onde estão as lacunas da relação e, a partir daí, listar os problemas que precisam ser modificados.

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