Crianças que enfrentam traumas frequentemente encontram barreiras em seu desenvolvimento, resultando em uma dependência excessiva dos adultos. Essa dependência, longe de ser benéfica, atua como um entrave, criando um ambiente hostil. Justo no momento em que a criança deveria começar a moldar uma personalidade confiante, ela pode se encontrar presa, incapaz de formar laços saudáveis e desenvolver relacionamentos positivos, se isolando por medo e defesa.
O trauma, nesse contexto, emerge como uma defesa inadequada diante do chamado da vida. Para que a criança alcance uma maturidade emocional saudável, é crucial superar os bloqueios, especialmente os relacionados ao medo e à inibição. Este processo permite que ela amplie sua amplitude emocional, possibilitando o desenvolvimento do corpo sem as fissuras que podem paralisá-la. A fissura traumática se manifesta como uma forma de imaturidade problemática.
A terapia integrativa se revela uma ferramenta valiosa nesse cenário, auxiliando a pessoa a reconstruir as engrenagens perdidas e, assim, ganhar coerência e confiança. Esse processo propicia uma jornada com menos necessidade de se esconder e se privar dos desafios do mundo, resultando em uma vida mais autêntica e autônoma, marcada por menos sofrimento.
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