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Por que estamos cada vez mais ansiosos?

  • reluzterapiasenerg
  • 25 de abr.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de abr.

A ansiedade, que já fazia parte da experiência humana, hoje atinge proporções epidêmicas. Nunca tivemos tantos recursos para nos conectar, informar e realizar tarefas, e, paradoxalmente, nunca nos sentimos tão pressionados, desconectados de nós mesmos e ansiosos. O que explica esse paradoxo?

A cultura da velocidade — onde tudo precisa ser feito agora, com excelência e visibilidade — criou uma atmosfera de permanente urgência. Não temos mais tempo para digerir emoções, refletir sobre escolhas ou simplesmente ser, sem a necessidade de produzir. A pressão constante por desempenho e perfeição ativa nosso sistema de alerta interno, provocando estados crônicos de ansiedade.


Na psicanálise, entendemos que a ansiedade é o sintoma de um conflito interno não elaborado. Quando desejos, medos ou sentimentos são reprimidos ou ignorados, o corpo e a mente encontram saídas simbólicas para expressar o que não foi acolhido. O sintoma é a linguagem do inconsciente.


A aceleração do tempo social também impede o processo necessário de elaboração psíquica. Sem espaço para pensar, simbolizar e dar sentido às vivências, o sujeito fica à mercê de impulsos, sensações difusas de ameaça e sentimentos de inadequação.


Outro ponto crucial é o esvaziamento dos vínculos afetivos profundos. Em uma sociedade que valoriza o sucesso individual acima da construção de relações verdadeiras, as pessoas se sentem isoladas e invisíveis, aumentando ainda mais o vazio existencial que alimenta a ansiedade.


Psicanalisar a ansiedade é abrir espaço para que o sujeito se encontre consigo mesmo. É permitir que o sintoma fale, que os conflitos ocultos venham à tona, que o ritmo interno volte a ter prioridade sobre as pressões externas.


Talvez, no mundo atual, a maior coragem seja desacelerar e olhar para dentro.


Rê Luz


@reluz.terapias.energeticas




 
 
 

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